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O Brasil viu a expansão na geração de biogás e biometano. Esse é o resultado da alta dos investimentos e procura sobre as fontes alternativas de energia e biocombustíveis. O dado é do Panorama do Biogás no Brasil em 2022, lançado pelo Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás).
A energia elétrica e o biometano são dois produtos em destaque no período. O panorama aponta que em 2022 foram 114 novas plantas de biogás a operar no país. Esse números representa um crescimento de 15%, em relação a 2021. Ao total o país possui 936 unidades instaladas, sendo que 885 unidades estão em operação produzindo aproximadamente 2,8 bilhões Nm³/ano de biogás com aproveitamento energético.
A geração de energia elétrica foi a responsável por aproximadamente 86% das plantas em operação no Brasil, o que representa a geração de 2,08 bilhões de Nm³/ano, ou seja, 72% do volume de produção de biogás em 2022.
Entre as aplicações energética do biogás o biometano se destacou com um crescimento de 82% no número de plantas no país, registrando um total de 20 unidades em operação em 2022. Estas convertem 22% do biogás produzido no Brasil em cerca de 359,8 Nm³/ano de biometano, o equivalente a rodar 3.598 milhões km/ano com veículos leves e 900 milhões km/ ano com veículos pesados.
Na avaliação de Rafael González, diretor-presidente do CIBiogás, o biogás e o biometano estão se destacando dentre outras energias.
Apesar do crescimento do número de plantas de biogás a partir de resíduos da agropecuária, o maior volume de biogás produzido em plantas que entraram em operação no ano de 2022 foi protagonizado pelo setor de saneamento, que aproveitou energeticamente cerca de 2,1 bilhões de Nm³/ano de biogás, o equivalente a 74% do insumo produzido no país.
Biogás em todo o Brasil
O documento ressalta mais uma vez a permanência de Minas Gerais como o estado com mais plantas em operação, totalizando 274 centrais, tendo em segundo lugar, o Paraná, com 198 unidades. São Paulo apresentou um crescimento proporcional mais elevado com 21% em unidades e em 27% na produção de biogás.
Segundo Tamar Roitman, gerente executiva da Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), para 2024 as expectativas são positivas para o setor, principalmente para o biometano e energia elétrica. Com o aumento da cadeia de fornecimento, diz ela, houve um aumento do número de plantas, que poderia ser muito maior, mas que depende do amparo de políticas públicas direcionadas, além de linhas de financiamento aplicáveis para diversas formas de produzir o biogás em diversas escalas.